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Entrevistamos 276 pessoas via internet e pedimos que classificassem as

afirmações abaixo levando em conta a seguinte numeração: 

 

1 = discordo completamente;

2 = discordo;

3 = não concordo nem discordo;

4 = concordo;

5 =concordo totalmente.

melhores respotas

1.            O Estado deveria organizar melhor os programas para pessoas de rua. Deveriam fornecer uma vida digna, porém, em troca, o indivíduo deve se envolver em algum tipo de trabalho social, até porque é direito de todos ter comida, uma casa.

 

2.            Para longo prazo, melhoria na educação. Para curto prazo, políticas públicas que foquem na inclusão desses indivíduos na sociedade, por exemplo, no mercado de trabalho.

 

3.            É uma pergunta muito complexa. Porém, acho que deveria haver mais auxílio e incentivo à auxiliar e conscientizar a população geral sobre a (que deveria ser) óbvia presença de um sujeito com capacidade de escolhas e desejos naquele indivíduo. Penso que medidas de redução de danos, de cuidado e vínculo dessa população às unidades de saúde são essenciais (serviços como o consultório na rua etc). Mas de fato, para mim o mais importante é o tratamento e acolhimento destas pessoas, enxergando-as como sujeitos capazes e com direitos (tais como nós) de conduzir suas vidas, podendo tratá-los como cidadãos, que merecem cuidado tanto quanto nós.

 

4.            Depende muito do caso. Assim como tem pessoas na rua que foram despejadas de suas casas, tem também aquelas que, por não se adaptarem à esse modelo de moradia socialmente construído, optam por morar na rua. Acredito que melhorar a qualidade de vida destas pessoas, incrementando as políticas assistenciais de saúde seria uma boa. Para aquelas pessoas que desejam uma moradia, acredito que uma ampliação no acesso dos direitos à moradias populares...

 

5.            Acompanhamento psicológico e reintrodução

 

6.            É difícil resumir em poucas palavras. Não sou especialista no assunto, mas acredito que, entre outras coisas, além de tratamento contra dependência química, é necessário um acompanhamento psicológico e a reintegração dessas pessoas na sociedade. Realmente o governo tem a maior parcela de responsabilidade quanto a isso, mas se cada um se despir de seus preconceitos e conseguir ter empatia com essas pessoas já é um grande passo.

 

7.            Acredito que deveriam existir políticas públicas eficazes para capacitar essas pessoas profissionalmente. E no caso de dependentes quimicos , deveriam ter acesso ao tratamento adequado e posteriormente capacitação profissional. Estudo e trabalho acredito que são os principais fatores para melhorar essa situação de vulnerabilidade de quem está na rua.

 

8.            Conscientização da população a respeito das particularidades das pessoas que vivem nessas condições, com vistas a descriminalizar e desmarginalizar a população em situação de rua; criação de políticas específicas à essas pessoas, como promoção de incentivo à autonomia socioeconômica, saúde, acolhimento nos diferentes espaços, capacitações para profissionais de saúde que assistem essas pessoas. Incentivo à cultura e educação dessas pessoas, bem como a garantia de acesso aos determinantes de saúde.

 

9.            Ações sociais de inclusão para eles serem inseridos novamente na sociedade, tenham novas oportunidades e descubram algo que gostam de fazer.

 

10.          Oferecendo abrigos(não só de noite) e condições de capacitação profissional.

 

11.          Auxílio psicológico e assistência social.

 

12.          Auxílio às famílias dos moradores de rua para que possam ser reintegrados ao lar

 

13.          Plano social de cadastro e acompanhamento destas pessoas, buscando tratamento e inserção à um modo de vida mais digno.

 

14.          É complicado porque temos pessoas desempregadas, mas também usuários de droga e álcool. Além disso alguns moradores de rua optam por estarem nessas condições. Acho que é preciso investir em um serviço social forte e focado em entender primeiro qual a realidade de cada morador e a partir disso estabelecer prioridades de ações focadas pra cada grupo.

 

15.          Ação conjunta da prefeitura com Associações de Moradores dos bairros para atuar, no curto prazo, na construção d operação de albergues. No médio e longo prazos, é necessário diminuir a desigualdade social e criar mais oportunidades de emprego e renda.

 

16.          Melhoria das políticas públicas, investimentos nos locais aonde essas pessoas são direcionadas. Fácil dizer que existe abrigos para "esse tipo de gente" como muitas vezes ouvi no meu trabalho, mas pergunto: alguém já foi conhecer um albergue, abrigo, centro POP, para ver com os próprios olhos e entender o motivo pelo qual muitos preferem as ruas? Sou educador social, minha mãe queria que eu fosse médico. Como posso dizer que para aquela pessoa a minha proposta de "ajuda" é boa? Empatia, gente! Mas sem forçar a barra!

 

17.          Acredito que para esse problema, deveríamos ter um acompanhamento psicológico no próprio local onde a população reside. Sendo que é necessário ir ao encontro deles para que possamos encontrar uma forma de ajudá-los. E não simplesmente, retirá-los do local onde moram e colocá-los em locais apropriados e abandoná-los sem atendimento adequado, sem estrutura, sem um emprego. Todos nós temos direito à saúde, moradia e um trabalho para promover o sustento.

 

18.          Com políticas públicas sociais, junto com iniciativas da sociedade em um esforço coletivo mais amplo pois hoje é inexistente em nossa cidade, pouco se faz e nada se fala.

 

19.          Falta mais estudo sobre essa população de rua e um olhar mais humanizado sobre eles. Falamos muitos hoje em humanização dos atendimentos em todos os lugares de promoção de saúde, e se faz necessário esse olhar aqui também.

 

É necessário compreender os motivos pelos quais eles estão ali, e não somente fazer intervenções e internações que são, na maior parte das vezes, extremamente agressivas. A intervenção nem sempre deverá ser retirando a população de rua da rua, mas fornecendo, por exemplo, serviços de higiene pessoal e atendimento médico. Acredito muito nas parcerias público-privadas para resolver problemas sociais complexos de forma criativa, mas isso é um longo caminho que temos a percorrer, aliado à mudança de cultura social.

 

Acredito também em diferente políticas relacionadas às drogas e as pessoas que estão em situação de rua. Nem todo mundo que está na rua é drogado, assim como muita gente dentro do sistema que não está na rua tem problema com drogas. Ou seja, a droga é um dos problemas de algumas pessoas que estão em situação de rua, assim como é um problema social. Ela não define essas pessoas - o que muitas vezes é confundido e reduzido a isso.

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